42 anos de conhecimento do HIV: prevenção, ciência e o papel do urologista na saúde sexual masculina

A descoberta que mudou tudo

A descoberta do HIV, publicada pela primeira vez em 20 de maio de 1983, foi um marco na medicina moderna. Foi a partir desse momento que a ciência pôde desenvolver estratégias eficazes para prevenir, diagnosticar e controlar a AIDS.

Hoje, 20 de maio de 2025, completamos 42 anos de avanços científicos, médicos e sociais em torno do vírus. A infecção pelo HIV deixou de ser uma sentença de morte e passou a ser uma condição tratável. Mas, acima de tudo, aprendemos que a informação, o diagnóstico precoce e a prevenção continuam sendo nossas maiores armas.

Neste cenário, o papel do médico urologista e andrologista ganha destaque. Afinal, falar sobre saúde sexual, práticas seguras e prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) é parte fundamental do cuidado com o corpo masculino — e com a vida como um todo.

O que é HIV e como ele se transmite?

O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) ataca as células de defesa do corpo, tornando o organismo mais vulnerável a infecções e doenças. Quando não tratado, pode evoluir para a AIDS, a fase mais grave da infecção.

As principais formas de transmissão do HIV são:

  • Relações sexuais desprotegidas (vaginal, anal ou oral);
  • Compartilhamento de seringas, agulhas e objetos cortantes;
  • Transmissão vertical, de mãe para filho durante a gestação, parto ou amamentação;
  • Transfusão de sangue contaminado (extremamente rara hoje em dia, graças aos testes rigorosos).

A evolução da prevenção: mais opções, mais segurança

A boa notícia é que, em 2025, a prevenção ao HIV está mais acessível, eficaz e diversificada do que nunca. O preservativo continua sendo essencial, mas hoje temos recursos adicionais altamente eficazes.

  1. Preservativo: clássico e indispensável
    Ainda é a forma mais simples e eficaz de se proteger contra o HIV e outras ISTs. Homens que mantêm uma vida sexual ativa devem ter o uso do preservativo como parte da rotina, especialmente em relações casuais ou fora de relações monogâmicas.
  2. Testagem regular e acompanhamento médico
    Conhecer o próprio status sorológico é crucial. Testes rápidos e gratuitos estão disponíveis no SUS e também em clínicas particulares. O acompanhamento médico, sobretudo com urologistas e infectologistas, permite avaliar o risco individual e adotar estratégias de prevenção.
  3. PrEP – Profilaxia Pré-Exposição
    A PrEP é indicada para pessoas com maior risco de exposição ao HIV. Consiste no uso diário de um medicamento que impede a infecção mesmo em caso de contato com o vírus. É altamente eficaz quando usada corretamente, com acompanhamento médico.
  4. PEP – Profilaxia Pós-Exposição
    A PEP é uma medida de urgência. Deve ser iniciada até 72 horas após uma situação de risco, como sexo desprotegido ou rompimento do preservativo. O tratamento dura 28 dias e precisa de supervisão médica para ser seguro e eficaz.

O papel do urologista e andrologista na prevenção ao HIV

Muitos associam o urologista apenas ao tratamento da próstata ou ao sistema urinário. Mas a urologia e a andrologia vão muito além disso.

  1. Educação sexual de verdade
    O urologista é um profissional de referência para orientar homens sobre práticas sexuais seguras, higiene íntima, funcionamento do sistema reprodutor e prevenção de ISTs. Em consultas de rotina, é possível abordar temas como o uso correto do preservativo, dúvidas sobre libido, ereção, ejaculação precoce e comportamento sexual.

Falar abertamente com um médico sobre a própria sexualidade ajuda a quebrar tabus e a tomar decisões mais conscientes.

  1. Diagnóstico precoce e exames preventivos
    Muitos homens evitam o consultório até que um problema apareça. Mas a urologia preventiva pode detectar sinais precoces de infecções — incluindo o HIV — e permitir intervenções imediatas.

Além disso, o urologista pode indicar a necessidade de testagens regulares, identificar comportamentos de risco e orientar sobre PrEP e PEP quando necessário.

  1. Acompanhamento de saúde sexual masculina
    A andrologia, ramo da urologia voltado à saúde sexual e reprodutiva do homem, trata não só disfunções eréteis e infertilidade, mas também promove o bem-estar sexual como parte integral da saúde.

Com foco individualizado, o médico pode ajudar cada paciente a encontrar a melhor estratégia de prevenção, sem julgamentos e com empatia.

E o tratamento do HIV?

Embora o foco aqui seja a prevenção, é importante lembrar que o HIV tem tratamento eficaz. Com os medicamentos antirretrovirais disponíveis atualmente, pessoas vivendo com HIV podem ter vida longa, saudável e sexualmente ativa. E mais: quem mantém carga viral indetectável não transmite o vírus sexualmente.

A ciência nos ensinou que prevenção e tratamento caminham juntos, e ambos devem ser acompanhados de perto por profissionais especializados.

Informação é proteção

Quarenta e dois anos após a primeira publicação sobre o HIV, o conhecimento acumulado transformou a maneira como lidamos com o vírus. Mas a prevenção continua sendo a linha de frente dessa batalha.

O urologista e andrologista têm um papel fundamental nessa jornada: educar, acolher, orientar e cuidar da saúde sexual dos homens em todas as fases da vida.

Falar sobre HIV, prevenção e sexualidade não é apenas necessário — é um ato de responsabilidade, saúde e autocuidado.

Para saber um pouco mais da atuação do médico urologista, fizemos um artigo especial sobre o tema.
acesse: Urologia: O que faz um médico Urologista?

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